• Rota da Fórnea
  • rotaforneaRota da Fórnea. Corrigindo rota dos aromas, pedras e Fórnea.
  • Os primeiros raios de sol, espantam a noite, e o aparecimento do novo dia dá lugar ao canto dos pássaros madrugadores. Fez-se luz, e o dia surge brumaceiro e invulgarmente frio, húmido e pálido. Mas depressa ganha forma e espanta a alvorada. Lentamente, o céu foi clareando, e as cores regressaram timidamente ao mundo, mas sem chegarmos ver o Sol. O cinzento desbotado transformou-se, e a neblina da manhã suavemente vai deixando o verde manchado por finos raios de luz pálidos.
  • A hora prevista, saímos de autocarro, não como habitualmente completo, mas perto de 35 caminheiros, dispostos a derramar o seu suor em favor de uma causa: conhecer caminhando.
  • Tomamos a direção da A17. A autoestrada mais próxima do mar, e por lá continuamos até já muito próximo de Porto de Mós. As viagens nem sempre são curtas e a maioria das vezes faz-se uma pequena pausa, se não for para mais, esticar as pernas. Desta vez algo de diferente aconteceu na paragem na estação de serviço: um encontro com mudos. É difícil não ficar indiferente com este tipo de cenário. Quis a divindade suprema que a voz lhe fosse retirada. O meio de comunicação é agora a linguagem gestual. Neste cenário de silêncio o gesto é tudo. Em grupos, ou aos pares falavam uns com os outros por gestos. Confesso que é muito triste não nos podermos exprimir como a maioria das pessoas, e sentir o olhar estranho. Dói. Ainda estes pensamentos circulavam pelas células que formam a massa cinzenta do meu cérebro, já tínhamos cruzado a placa que indicava o início do concelho de Porto de Mós. Cerca de 6 quilómetros nos separavam do início do nosso trilho.
  • Chegamos a freguesia de Alcaria, no concelho de Porto de Mós, e a sua população de 244 habitantes (2011), é aumentada em cerca de 14%. No estudo etimológico o prefixo “Al” leva-me a pensar que Alcaria é de origem árabe. Desta forma temos Alcaria (do árabe. al-gariya), vila, povoado pequeno, designava, no mundo muçulmano do al-Ândalus, as pequenas povoações rurais que se situavam nas imediações das grandes cidades (as medinas), apresentando-se, de alguma forma, com a continuada das antigas villae romanas. Um Alcaria podia ser um povoado único, fortificado ou não, ou podia agrupar algumas povoações pequenas, que possuíam, em conjunto, um perímetro fortificado onde podiam guardar o gado em caso de perigo. Hoje esta pequena freguesia já não esta só. Com a União de Freguesias, deu-se a junção de Alvados-Alcaria.
  • Deixando para trás os tratados políticos ou a origem da toponímia de Alcaria, chegamos ao nosso ponto de encontro para o início do trilho. O autocarro encostou a berma e em poucos minutos estávamos todos apeados com a mochila as costas e prontos para mais uma aventura.
  • A aventura começa. A brumaceira, que nos acompanhou na viagem, dissipou-se. O calor fazia-se sentir, e aridez do solo aumentava em nós a sensação de calor. Junto ao caminho corria um rio de pedras. É verdade. As pedras roladas e amansadas pelo tempo, foram deixadas para trás pela corrente que se dissipou rio abaixo. O termo técnico é Conglomerados. No leito do ribeiro da Fórnea observam-se grandes blocos calcários de cor esbranquiçada com uma estrutura peculiar. Trata-se de um tipo particular de rochas sedimentares, os conglomerados, constituídos por fragmentos de rocha ou clasto, mais ou menos arredondados e ligados entre si por um cimento carbonatado. O arredondamento do clasto é sinal de transporte geralmente longo. Nalguns blocos, calcários orgânicos, também denominados recifais, observa-se a acumulação de estruturas pouco nítidas de restos de animais marinhos. Este rio seco, ribeira da Fórnea, acompanhou-nos por algum tempo. Nós íamos caminhando em direção ao cimo, por caminhos ladeados de oliveiras, a recordar o esforço dos cistercienses, na sua introdução nos tempos idos, e que hoje domina a vegetação não espontânea. Pisávamos um terreno ressequido e poeirento. A nossa volta a paisagem humanizada e tratada. Nos terrenos agrícolas com olival ocorre, com certa abundância, uma planta aromática e condimentar de uso tradicional na cozinha alentejana: o poejo (Mentha pulegium), planta rasteira com pequenas folhas de um verde-claro e inflorescências azuis.
  • As papoilas emprestavam o seu colorido ao abundante verde, que se espalhava pela encosta e morria no azul celeste. As sedosas pétalas rubras salpicavam a paisagem seca naquele dia de calor intenso e a atmosfera parecia envolta em toalhas de fogo que queimavam as faces rosadas. Naquela manhã, estávamos nas planícies que dormem os pés daquela encosta, a qual se dá o nome de Fornea. Magnífica estrutura em anfiteatro com cerca de 1000m de arco e 250 m de altura, corresponde à cabeceira encaixada do ribeiro da Fórnea escavado em calcários margosos e margas do Jurássico Inferior a que se sobrepõe os calcários do Jurássico Médio. A crioclastia resulta de meteorização física causada pelas baixas temperaturas. Como resultado dessa meteorização, podem formar-se depósitos de detritos, os crioclastos. Pelo facto de ter ocorrido uma periglaciação seguida de um arrefecimento brutal, criaram-se condições favoráveis à formação de crioclastos. A glaciação ocorreu sucessiva e periodicamente no Quaternário. Nesta Era ocorreu um período de modelagem de relevo, com sedimentação predominantemente mecânica não consolidada. A ação do frio desta Era não se limitou à acumulação de gelo nas vertentes abrigadas, sendo muito mais evidentes os vestígios de fenómenos periglaciárias. A fisionomia atual da área afetada por toda esta dinâmica periglaciar revela que ocorreram, essencialmente, processos de crioclastia (Processo de fragmentação de geleiras e rochas que resulta da força exercida pela água que congela dentro das fendas) e gelifracção. A gelifracção foi o processo mais determinante na génese das cascalheiras ( As cascalheiras são materiais de origem mineral geralmente compostos por pedras britas ou qualquer outro tipo de restos de rochas.). Os depósitos de crioclastos e escombreiras de gravidade são comuns em toda a Fórnea, mas particularmente espetaculares na vertente SO e NO. São contemporâneos de um clima frio marcados pela atuação do gelo aqui presente durante os períodos frios do quaternário. Pelas suas características ecológicas, a Fórnea, possibilita a existência de uma grande variedade de biótopos permitindo a ocorrência de diversas espécies faunísticas.
  • O caminho ascendente revelou-se um íngreme trilho pedregoso A maior parte era natural, mas aqui e ali tinham sido esculpidos degraus para facilitar a ascensão. Escondido no interior da vegetação numa fenda na rocha a que se dá o nome de Cova da Velha. O acesso a esta cavidade apresenta alguma dificuldade devido ao piso instável, aqui se situam várias nascentes temporárias de caudal diminuto, sendo a mais importante a que brota da cavidade penetrável da Cova da Velha. Esta nascente vai alimentar o ribeiro da Fórnea, afluente do rio Alcaide e subafluente do rio Lena. Depois de estarmos alguns minutos admirando esta formação geológica e de recuperarmos as forças, anteriormente gastas na íngreme subida.
  • É hora de dar continuidade ao trilho e desta vez é a descer. Não menos perigosa do que a subida. Menos cansativa, mas pede redobrada atenção para superar qualquer percalço que surja.
  • O Sol ia alto e impiedoso. Agora a manhã já pôs no mundo luz bastante para que se possa observar a sombra diminuta aos meus pés. O calor tremulava em ondas que subiam as encostas e roçava na minha pele. Um estreito fio de suor escorria lentamente pelas minhas faces. Aquele era um percurso duro e lento. O trilho seguia agora pelos depósitos de crioclastos e escombreiras (Grande concentração de estéril, isto é, minerais sem aproveitamento de uma mina em exploração ou de desmontes. As escombreiras impedem o desenvolvimento da vegetação e de qualquer atividade). O constante resvalar era comum a todos. Em certos sítios, avançar de lado como um caranguejo, centímetro a centímetro. O trilho era traiçoeiro mesmo onde se alargava; havia pedras soltas onde caminhar era penoso e perigoso. Um passo e depois outro, lentamente. A velocidade reduzida por causa da irregularidade do pavimento das vertentes nuas e encimadas por pedras soltas. Durante um longo percurso mantivemo-nos no trilho, seguindo as suas curvas e contracurvas enquanto serpenteava ao longo da encosta, para cima, sempre para cima. Por vezes, a montanha dobrava-se sobre si própria, e perdiamos o trilho de vista, mas mais tarde ou mais cedo, reaparecia sempre bem vincado na paisagem.
  • Os arbustos restolharam a nossa passagem e o ar imanava os aromas da terra e da natureza. Uma brisa perfumada inundava o meu ser e o meu mundo. É certo que era grande a escolha e os aromas, dificilmente saberia aqui especificar qual é qual. O parque da serra aire e candeeiros possui mais de seiscentas espécies vegetais classificados, o que representa cerca de um quinto do total das espécies em Portugal — e muitas delas não se encontram em mais nenhum local (são endemismos), para além de 25 espécies diferentes de orquídeas.
  • São os aromas de Portugal. O lugar tinha a sua própria beleza, para além da importância que a função das plantas desempenham nos ecossistemas e do seu potencial valor económico e científico, muitas plantas têm qualidades medicinais, aromáticas, condimentares, ornamentais, forrageiras (para alimentação do gado) ou florestais. Na verdade as plantas aromáticas foram as mais procuradas, e os seus aromas os mais sentidas como: Jasmineiro-do-monte (Jasminum fruticans), Rosmaninho (Lavandula stoechas), Alecrim (Rosmarinus officinalis), Tomilho (Thymus vulgaris), os coentros de entre a variedade de espécies vegetais. Há outras que estiveram presentes e que representam um grande universo como o nosso conhecido Tojo (Ulex europaeus). Esta não passou despercebida, mas também não foi procurada. Houve quem contestasse as normas de conduta dos trilhos, em que diz não leve mais do que fotos não deixe mais do que pegadas e não mate mais do que o tempo. A recolha de plantas pode ser prejudicial fora das áreas a que pertencem. Não vou comentar.
  • O clima seco está sujeito, com menor ou maior intensidade, a fogos florestais. Muitas das espécies botânicas existentes estão dotadas de características que lhes permitem sobreviver mais adequadamente ao fogo. Algumas delas, como é o caso das orquídeas, têm a sua floração estimulada quando ocorre este tipo de evento. Fundamentalmente pela ação humana a floresta foi sendo destruída dando origem ao aparecimento de matos de grande interesse florístico predominando, em termos de vegetação espontânea, áreas arbustivas de carrasco e subarbustivas de alecrim. É certo que o alecrim é a planta rainha nestas paragens, ainda bem porque o seu aroma convida a voltar.
  • Continuamos a subir lentamente este pequeno trilho muito técnico. Finda a íngreme subida, descansamos. A ocasião era propícia a fazermos uma pausa para o almoço. Assim aconteceu. Como sempre, em poucos minutos estávamos agarrados a bucha, que devorávamos com satisfação. Uns momentos de confraternização e alegria é parte integrante deste almoço volante. Uma vez mais os aromas impregnavam as minhas narinas dando ao almoço os condimentos necessários ao seu tempero.
  • Somos caminheiros e isso faz de nós nómadas que buscam novas paragens, encantos diferentes e novas sensações. Desta forma partimos uma vez mais, para o conhecimento. Aquele monte que se projetava por cima de nós no denso emaranhado de plantas, erguendo-se solitário, repentinamente deixa de se o ver nas alturas para passarmos a ver do seu ponto mais elevado e sentir na pele o vento que varre os quilómetros ao redor. É uma sensação estranha e ao mesmo tempo fantástica. Olhamos as montanhas e dizemos que são eternas, e é o que parecem ser... Mas, no correr do tempo, montanhas erguem-se e ruem, rios mudam de curso, estrelas caem do céu, e grandes monumentos ruem. Penso que até naquilo em que acredito morre. Tudo muda. Talvez exista magia ou tudo tenha origem numa força poderosa. As histórias são só histórias, e amanhã proclamarão que existiu...bom, retomamos o nosso trilho. A vista do topo da Fórnea era abrangente, as pedras cinzentas desgastadas, com suas manchas brancas projetam-se no alto da encosta, lembrando tempos antigos, onde os primeiros homens se escondiam das intempéries e das ameaças de animais hoje extintos. A verdade está à vossa volta, basta olhar para ela. Hoje, o dia está luminoso, belo e cheio de esperança.
  • Paramos de uma forma brusca e premeditada. Com a encosta como pano de fundo tiramos uma foto de grupo para podermos comprovar que aqui estivemos ou para a posterioridade recordarmos quando o nosso tempo correr devagar e não tivermos pressa de chegarmos ao fim.
  • O olhar perde-se no azul do céu, e os pés pisam rocha nua. À medida que avançávamos, o terreno vai-se tornando mais acidentado, com declives particularmente acentuados, que pareciam não ter fim, e em breve chegamos ao ponto mais alto deste trilho. Nenhuma estrada atravessava os retorcidos vales de montanha que agora percorríamos. Seguimos a topografia do terreno atravessando um sem número de obstáculos. Chegar até ao cimo da montanha e contemplar o imenso vazio do cume pode ser gratificante. Mas nada é superior à árdua caminhada desde o terreno baixo até atingir o ponto máximo com todas às dificuldades percorridas.
  • Ao longe, adormecida no vale fica Porto de Mós, aguardando a nossa chegada. Tínhamos subido até uma altura suficiente para ver léguas ao longo do horizonte.
  • Agora começamos a descer em direção ao ponto inicial. O ambiente aos poucos vai ficando mais humanizado e em breve os nossos passos percorrem os espaços agrícolas que já tínhamos trilhado no início. Todas essas belezas que já conhecíamos por tê-las visto em outros trilhos, Mas a característica deste é que quem chega encontra sempre algo diferente, aprende sempre mais.
  • Os nossos passos chegam ao fim deste trilho e a nossa espera está o Monteiro, o motorista. A vida não é medida pelo número de vezes que respiramos, mas pelos lugares e momentos capazes de nos tirar o folgo.
  • Depois de embarcarmos no autocarro partimos em direção de Porto de Mós. Aqui tivemos tempo para conhecer o espaço e o seu castelo. Situa-se em pleno Maciço Calcário Estremenho.
  • O nome e a história de Porto de Mós (Portus de Molis) nasceu há mais de 2.000 anos ao tempo em que o rio Lena era navegável e as jangadas romanas aqui embarcavam as pedras de mós, talhadas na Pedreira do Figueiredo e, mais tarde, o ferro das minas de Alqueidão da Serra. Mas os segredos do passado de Porto de Mós remontam ao tempo em que o mar cobria estas terras e se iniciaram os enrugamentos terrestres do Jurássico. As ossadas de dinossauros e a tartaruga petrificada há mais de 150 milhões de anos são alguns dos tesouros que este concelho guarda e que agora expõe no seu notável Museu Municipal, onde se descreve toda a pré-história desta região, nos machados e nas pontas de pedra lascada do Paleolítico, nas pedras polidas do Neolítico, nas cerâmicas e objetos de cobre do Calcolítico, ou nos pesos de tear, nas pedras de espremer o mel, nas moedas e nas lanças de ferro do Império Romano.
  • Subindo na História, pela bela calçada romana de Alqueidão da Serra e percorrendo as encostas de calcário, de moinhos e de aldeias de pedra das serras dos Candeeiros, de Santo António e de Aire, separadas por bucólicas depressões e majestosos anfiteatros naturais.
  • Erguido sobre um outeiro, em posição dominante sobre a povoação. Obra arquitetónica de características singulares, erguido sob os escombros de um posto de vigia romano, acumulou ao longo dos séculos influências militares, góticas e renascentistas assentes numa estrutura pentagonal com torreões de reforço nos ângulos, apesar de, atualmente, resistirem apenas quatro. Conquistado por D. Afonso Henriques aos mouros em 1148 e que teve no lendário D. Fuas Roupinho o seu primeiro alcaide.
  • No reinado de D. Dinis, a fortaleza recebe importantes obras de beneficiação e em 1305 é concedida a carta de foral à vila de Porto de Mós, que há data, já se tinha constituído concelho. Como prova da importância da vila, no contexto nacional, D. Dinis oferece Porto de Mós a sua esposa, Rainha D. Isabel.
  • No contexto da crise de 1383-1385, a povoação e o seu castelo tomaram o partido do Mestre de Avis. As forças portuguesas, sob o comando do soberano, aqui acamparam a caminho da batalha de Aljubarrota (1385). A povoação, o castelo e seus domínios integraram a ampla doação de terras e direitos, feitos pelo soberano ao Condestável, D. Nuno Álvares Pereira. Por falecimento deste, foram legados em testamento à sua filha e genro, os primeiros duques de Bragança. Em meados do século XV, o filho do 1º duque de Bragança, D. Afonso, 4° conde de Ourém e 1° marquês de Valença, interessando-se por várias vilas destes domínios, foi o responsável por várias melhorias em Porto de Mós, entre as quais a transformação do seu castelo medieval em um solar renascentista, projeto que os seus descendentes conservaram e ampliaram.
  • A estrutura defensiva do castelo foi severamente danificada pelo terramoto de 1755 e, novamente, em menor grau, pelo de 1909, comprometendo em particular o alçado norte.
  • O castelo-solar de Porto de Mós apresenta planta pentagonal irregular, em estilo gótico e renascentista. Os seus panos de muralhas são reforçados, nos ângulos, por cinco torres. As duas, pelo lado sul, são encimadas por coruchéus piramidais verdes, estando as três restantes danificadas. Os parapeitos das torres e cortinas são reforçados por uma série de mísulas, outrora rematadas por ameias. A fachada sul apresenta uma combinação de elementos arquitetónicos do gótico quatrocentista. Duas torres com janelas flanqueiam-na, dispondo-se no espaço entre ambas uma varanda dupla com abóbadas de aresta, composta por arcos conopiais misulados (Arco formado, no mínimo, por quatro segmentos de arco de círculo, com dois centros em cima e dois em baixo, que geram duas curvas convexas em baixo que se prolongam para o vértice do arco em duas curvas côncavas. As curvas e contracurvas lhe dão um aspeto ondulado. Está muito relacionado com o estilo gótico flamejante e a arte manuelina. Também chamado arco canopial, arco contracurvado, arco conupial, arco de carena, arco de querena, arco de colchete, arco flamejante e arco infletido. Arco misulado Falso arco construído através de balanços sucessivos em cada lado de uma abertura até o encontro destes em um ponto intermediário, no qual é colocada uma pedra de remate para completar a obra. É possível suavizar o contorno escalonado, mas não se tem nenhuma ação de arco, com distribuição de carga, pois os elementos que o constituem não são cunhas e portanto não estão dispostos de forma radial. Também chamado arco falso, arco em balanço, arco maia e pseudoarco.), Interrompida ao centro por um contraforte saliente. Vários elementos escultóricos enriquecem esta área e dependências palacianas anexas. No piso térreo rasga-se um amplo portal. Intramuros, observa-se um átrio arruinado que era formado por um pórtico com colunas e pilastras renascentistas, tendo ao centro os muros facetados da cisterna. Portas e janelas retangulares e ogivais, bem assim como outros elementos construtivos e decorativos, revelam a coexistência de estilos, bem como similaridades com o Paço de Ourém.
  • Como sempre o regresso faz-se num silêncio absoluto, dormitando ou arquivando de uma forma ordenada o magnífico dia que passamos e das belezas naturais que tivemos a nossa disposição. Como sempre acontece após a visita de um lugar mítico ou de rara beleza, passamos a olha-lo de outra maneira. Assim o parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC)., não ficara de fora no livro do nosso conhecimento.
  • Desta forma podemos contar aos nossos netos que calcorreamos um maciço Calcário, cuja formação se iniciou há cerca de 200 milhões de anos, é essencialmente constituído por rochas carbonatadas de origem marinha.
  • Fosseis nada. Mas uma coisa é certa e não me importo de repetir: há coisas que posso contar outras são segredos, há ainda aquelas que mesmo que quisesse partilhar não podia, falo dos magníficos aromas que tive a oportunidade de cheirar.
  • Se não for antes até uma próxima caminhada. Quem sabe se as mesmas sensações não surgiram num local próximo daqui.
  • Agostinho Santos (Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.)
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