8º Aniversário do ANDAR

  • Sábado 20 de Setembro de 2014.
  • O dia tinha amanhecido de cor cinzenta. Progressivamente vai clareando e fica de tons de azul. O sol resplandecente surge e aquece o ar. Toda a manha estava suspensa em calor, mas com o passar das horas, o céu foi lentamente ficando ameaçador. A previsão era de chuva para a tarde.
  • Era um dia especial: o aniversário do ANDAR.
  • Muito em breve as folhas mudarão de cor, e as árvores ficam diferentes umas das outras. Antes tão parecidas umas com as outras, e de repente ganham personalidade e decidem pintar as florestas em mil tons diferentes. Uma parte do ciclo da vida chega ao fim.
  • O primeiro dia de Outono aproxima-se a passos largos, é sem dúvida a estação mais bonita do ano. Melancolia, esta é a primeira palavra que me vem a cabeça quando chega o Outono. Porque sei que o verão acabou, os dias vão ficar cada vez mais pequenos e não vivemos no mundo encantado, onde podemos mudar a natureza a nosso belo prazer. Mas, há contrapartidas, nesta ultima despedida do verão; a natureza transforma a paisagem e veste-a de cores alegres deixando-a magnífica.
  • Durante o verão, as temperaturas permanecem elevadas e os dias são mais longos do que os dias das outras estações. Mas quando chega o equinócio de Outono, por volta de 23 de Setembro, as coisas começam a mudar, o dia iguala a noite, mas esta vai-se a poderá da luz, lentamente e entramos em hibernação. Entenda-se que esta hibernação que falo é no sentido figurativo. As condições climatéricas são propícias ao recolhimento e a reflexão. Este período, os antigos chamavam “hiems". O período frio (em latim: “hiems”) era dividido em apenas duas fases: o Tempus Autumnus (literalmente “tempo do ocaso”), em que as temperaturas entram em declínio gradual, e o Tempus Hibernus, a época mais fria do ano, marcada pela neve e ausência de fertilidade. Longe já vai o período quente (em latim: “ver”): era dividido em três fases: o Prima Vera (literalmente “primeiro verão”), de temperatura e humidade moderadas, o Tempus Veranus (literalmente “tempo da frutificação”), de temperatura e humidade elevadas, e o Æstivum (em português traduzido como “estio”), de temperatura elevada e baixa humidade.
  • Este ano tem havido uma mistura de um pouco.
  • Nesse sábado que já falei atrás, estávamos festejando o 8º aniversário do ANDAR, e do programa dos festejos, estava incluído uma caminhada e um jantar no final.
  • Chegamos ao alto da serra da Freita, e na estrada que nos leva a Manhouce, fica a aldeia do Gestoso, já nossa conhecida de outras caminhadas. Encravada na serra, ainda mantêm o aspeto de tempos idos. A natureza tem o poder de abolir o tempo. O envelhecimento é uma conquista. Aquilo que o homem construiu e com o tempo foi deixado ao abandono, revela-se cada vez mais uma conquista para uma meia dúzia de privilegiados. Já lá vai o tempo em que comprar casa junto ao mar, era o sonho de qualquer um. Hoje possuir na serra, na solidão, na paz é um sonho que se busca, mas poucos alcançam. A sua maneira a natureza vai-nos deixando, uma beleza que nos fascina e nos faz voltar. Não é uma emoção sentimental, mas algo mais profundo. É o sentimento do belo nas coisas simples; no correr da agua que reflete um céu azul; um verde que se perde por entre as pedras e que ganha vida perante o olhar. Há uma mística escondida por trás de cada pedra, que tem segredos e historias para contar.
  • Vamos contar a nossa história que escrevemos nesse dia. Éramos cerca de cinquenta destemidos caminheiros, que deixaram o sossego dos seus lares, para um contacto intimo e tranquilo com a natureza, numa espécie de exaltação mística, para descobrir o espírito do lugar, não há melhor do que caminhar pachorrentamente ao sabor dos caminhos trilhados por ancestrais habitantes da aldeia do Gestoso.
  • Entramos na aldeia, e depressa a cruzamos. É um espaço com poucas habitações, sendo uma grande parte arrumos e currais para o gado. Se já é agradável a aldeia, mais se torna com tamanha beleza em seu redor. As casas mais antigas cobertas com a tradicional lousa, dão-lhe um aspeto ainda mais pitoresco. Fantástico. Cantos e recantos, casas de pedra que se vão diluindo na paisagem. Pela encosta, formavam-se socalcos semeados de blocos graníticos, que se misturam num manto de tons verdes intensos e intercalados por cores ocres desmaiados.
  • Começamos a afastar da aldeia e entramos em caminhos ancestrais ladeados por pedras sobrepostas que o tempo soube preservar e a natureza vestiu com musgos macios. Para trás ia ficando a aldeia, no cimo dos socalcos cultivados. Um corpo esbelto de pele clara aprisionado num vestido verde enredado. O verde estende-se de encontro ao branco das habitações mais recentes. Cada vez a distância aumenta, e a civilização fica para trás.
  • Com o tempo a natureza vai tomando conta daquilo que o homem criou e jamais tem tratado, por não haver necessidade ou por haver outras alternativas. É o caso de um caminho que a sua passagem nos foi vedada por estar obstruído por vegetação. Aqui um desvio foi a solução encontrada. O terreno alagado não foi problema, há sempre uma mão amiga para ajudar.
  • A nossa frente a paisagem crescia selvagem e indomável, constituindo uma fronteira natural intransponível, que os homens da aldeia se abeiravam, mas que não valia o esforço de a conquistar. Lançamo-nos a sua conquista. Começamos a subir, as rochas eram obstáculos naturais, que nos obrigavam a um esforço extra. Procurávamos o caminho que melhor se adaptava ao nosso ritmo, quando isso não era possível, saltitávamos de pedra em pedra.
  • Sobre a nossa cabeça um pássaro corta o céu, brincando ao vento. Vai de um lado para o outro, sobe e desce, como se os seus movimentos tivessem alguma lógica que não consigo perceber. Talvez a única lógica seja mesmo divertir-se.
  • O sol escondia-se a passos largos, atrás de um banco de nuvens negras e a cada minuto que passava ficavam mais ameaçadoras.
  • O trilho estava marcado pelo gado, nas dezenas de passagens, nas suas saídas diárias. Umas vezes melhor outras mais impercetível, mas depressa o encontrávamos. O que não era difícil de encontra, eram as muitas linhas de água que, escorriam encosta abaixo e de longe em longe formavam pequenos riachos que dificultavam a passagem, levando-nos a utilizar técnicas mais ardilosas. Neste ligeiro planalto de pedras, onde reinava a vegetação rasteira típica das montanhas, é comum encontrar a carqueja e o feto.
  • A irregularidade do terreno, obrigava a uma atenção redobrada e com a presença de água rapidamente se podia transformar num pé encharcado. O estreito trilho que seguíamos revelou-se um íngreme trilho pedregoso e escondia fendas na rocha que podiam ser incómodas.
  • Avançávamos em fila indiana, serpenteando pelas pedras. Encostas abruptas de rocha, apertavam-nos de ambos os lados. Em alguns pontos tinham tomado formas fantásticas. O que convidava a uma foto, onde se misturava a alegria e as cores viva, que contrastavam com a cinza pálida do granito, que existe na Serra da Freita.
  • É precisamente nesta serra que a nossa história se desenrola. É uma elevação, com 1085 metros de altitude máxima (pico de São Pedro Velho, localizado na freguesia de Albergaria da Serra). Esta serra faz parte de um conjunto de relevos bem marcados, situados entre as Serras do Caramulo, a Sul, e de Montemuro, a norte, que tem o nome genérico de Maciço da Gralheira. O seu aspeto compacto e altaneiro vai-se modificando á medida que dela nos aproximamos. De facto, pelo lado norte há vertentes abruptas, com raros patamares em mal esboçada escadaria devido ao pequeno desenvolvimento dos degraus roídos pela erosão intensa, que descarnou escarpas de rocha viva. Para nordeste da Serra, o relevo torna-se ainda mais vincado e imponente denunciando uma atividade erosiva extremamente intensa, as cristas agudas dos montes alternando com linhas de água profundamente metidas em apertados vales de encostas, por vezes, com centenas de metros de desnível.
  • Entalados na vertente prosseguimos o nosso caminho em direção ao nosso ponto mais elevado: o Vidoeiro. Nas encostas do cabeço do Vidoeiro, vimos os primeiros animais da raça bovina a pastar livremente. Esta raça é denominada de Arouquesa (raça bovina). Com uma pelagem desde o castanho até aos tons mais claros (palha), formas harmoniosas e roliças, corpulência meã, pele grossa elástica e bem destacada, andamentos fáceis, temperamento dócil e energético, mucosas escuras, cornadura dirigida para a frente, indo primeiro para baixo e depois para cima são as principais características desta raça. O nome é proveniente do nome do concelho e da vila de Arouca. Esta raça tem uma tripla função, pois serve para a produção de carne, assim como de leite, além de ainda servir para trabalhar. A carne é de muito boa qualidade sendo grande parte da mesma de primeira categoria. Com o leite das vacas Arouquesas é possível, sem dúvida, fabricar laticínios de elevada qualidade. A produção de carne ou e leite do gado Arouquês tem de ser feita a partir de animais de raça Arouquesa, inscritos no Registo Zootécnico, filhos de pai e mãe também aí inscritos.
  • Uma das suas virtudes é a capacidade de caminhar nos íngremes e pedregosos caminhos rurais das regiões de agricultura de montanha de acessos difíceis e de reduzida densidade populacional. Na montanha a raça Arouquesa, não tem quem faça o trabalho melhor de que ela. A progressiva infiltração do gado taurino substitui o gado Arouquês em várias zonas. A raça pura mantém-se exclusivamente a norte do rio Vouga. Estes animais foram expulsos das zonas férteis e encontram-se nas regiões mais agrestes devido à sua grande capacidade de adaptação.
  • Não muito longe dali, o pastor mantinha o olho no grupo.
  • Depois de atingirmos o nosso ponto mais alto do trilho, aproximadamente a cota máxima de 1065 metros, começamos a descer.
  • Entramos naquele espaço a que eu chamo de floresta negra. Um espaço de árvores onde não chega a luz do sol. Pinheiros erguem-se como sentinelas a toda a volta, altas lanças vestidas de verdes apontadas para o céu. O chão da floresta era um tapete de agulhas caídas com a espessura de muitos anos, e cravejado de pequenas pinhas.
  • A ladear os caminhos, o cenário era de árvores de folhas caducas e que estavam a ser despidas. Quando chegamos ao bosque, onde os caminhos estavam bem traçados, fomos recebidos por uma forte chuvada que demorou alguns minutos. A chuva contínua transformara as folhas caídas num tapete encharcado e castanho. Durante algum tempo pareceu que o marulhar constante da chuva era o único som que havia no mundo. Abrigamo-nos debaixo das árvores e fomos obrigados a arejar as capas de chuva que já se encontravam esquecidas no fundo do baú - um quadro colorido e um sentimento boémio! Não tardou em salpicarmos a paisagem de cor com as nossas proteções contra as condições do dia.
  • Após o tempo necessário, até as condições serem mais favoráveis, avançamos e o solo agora mais perigoso e com as folhas caídas tornavam ainda mais difícil o avançar neste piso. O caminho esburacado pela força da erosão, conduzi-nos através de curvas e contra curvas ao riacho. Apesar do tempo não ser muito propício a caminhada, o Outono pintou as árvores de diferentes tons de dourado, e convida a um passeio por esta beleza.
  • Para ajudar a relaxar do dia-a-dia, nada melhor do que um passeio pela natureza, ouvir o restolhar das árvores, e de como é belo perceber como tudo é sempre diferente. Encontrar no nosso íntimo a pessoa que somos, é também um bom motivo. Os budistas dizem que um sorriso agarrado ao rosto, por mais falso que seja, acaba por iluminar a alma.
  • Continuamos a caminhar, até chegar a linha de água que era necessário atravessar. Pé ante pé, e com um cuidado extremo, um a um, vamos passando esta dificuldade. A corrente forte, assustava um pouco, mas nada que não se resolvesse. Já em terra firme, retomamos a marcha, encosta acima. Já livres da chuva e por consequência das capas, partimos em direção a Casa abrigo do Vidoeiro antiga casa do guarda-florestal, na Serra da Freita. Esta e muitas outras casas espalhadas pelos pais fora incluindo muitas do Parque nacional da Peneda-Gerês estão ao abandono. É esta a pura realidade. Em alguma a sua recuperação torna-se quase impossível outras ainda se aproveitam e podem ser recuperadas.
  • Já lá vai cerca de dezena e meia de anos que a direção do Parque de Campismo de S. João da Madeira, assinou a escritura de uma dessas casas na serra da Freita para sua casa abrigo. Em 30 de Outubro de 1996, na Repartição de Finanças de Arouca, o antigo presidente, Aurélio Albuquerque, e os diretores, Joaquim Pinote e Licínio Pinheiro, assinaram a escritura de compra da casa da Guarda Florestal do Vidoeiro, na freguesia de Cabreiros, em plena Serra de Arouca (Freita), objetivo perseguido e conseguido. Este com o objetivo destinado a ponto de apoio aos associados e até a utilizadores de percursos pedestres. Que somos nós. Aqui em frente a casa que estava fechada, fizemos uma pausa.
  • A paragem foi curta, mas reconfortante. Houve tempo para um lanche rápido e arrumar casacos ou capas que andavam soltas.
  • Observar as plantas é uma tarefa de grande interesse. Sem sermos especialistas, limitamo-nos a apreciar a beleza. O mais interessante é o papel que cada uma desempenha no mundo e o equilíbrio da própria natureza. Sentir a rugosidade de uma pedra, a suavidade da água e a dureza do solo são fatores sempre presentes no trilho. No trilho é visível varias especiais de árvores, como cedros pinheiros e as nossas conhecidas bétulas. As bétulas, despidas da sua folhagem primaveril, estão sempre presentes ao longo do trilho e marcam a sua presença, deixando-se fotografar, imóveis, à nossa passagem. O esbranquiçado tronco contrasta com o verde dos encharcados lameiros, cheios de vida, que só o olhar atento a consegue alcançar. Não era preciso muita atenção para se ver um grande número de árvores plantadas recentemente nesta zona do Vidoeiro. Trata-se do reflorestamento da Serra da Freita, mais propriamente no lugar do Vidoeiro. Esta atividade, com o tema” Valorização dos Recursos Florestais”, visou a sensibilização da população Arouquense para a preservação das florestas do concelho, contactar com os recursos florestais, alertar para a importância da renovação das florestas, participar na campanha de plantação de árvores como forma de sensibilização de preservação dos recursos florestais, sensibilizar os jovens para a importância dos recursos florestais e promover o trabalho de equipa e de cooperação. Após uma pequena sessão de esclarecimento, ao cargo da Eng. Ana Maria Vide, da Direção-Geral dos Recursos Florestais, todos puseram mãos à obra, para plantarem as cerca de 200 árvores (Cedro do Buçaco, mais conhecido por Cupressus lusitanica). Desta forma tornaram Arouca mais rica, enriquecendo a Floresta. Espero que esta ação se espalhe por toda a serra.
  • Partimos para mais uma pouco da nossa aventura. Estamos agora no chamado planalto da Freita. Bem vincado na paisagem existe estradões abertos certamente onde caminhos antigos foram construídos e usados por gentes serranas para mais facilmente se movimentarem pela serra e comunicarem entre as várias aldeias. Enveredámos por um desses estradões e a dado momento saímos e seguimos a corta caminho, pelo manto vegetal existente. Este caminho acaba por desaparecer e o objetivo é chegar à cumeada que se avista em frente. Não existe caminho definido, por isso é preciso serpentear alguns arbustos e alguma vegetação que não colocam grande dificuldade. O coberto vegetal predominantemente constituído pela urze e pela carqueja, uma vegetação rasteira, mais árida, típica de uma zona que se aproxima dos 1000 m. Aqui marcamos passo o nosso ritmo e aos poucos vamos nos a aproximando da aldeia.
  • Daqui do alto o horizonte fica mais distante, e isso dá-me a dimensão do mundo.
  • Começamos a descer, encosta abaixo por caminhos antigos que que a agua da chuva também conhece. A par da agua que formava a linha de agua, era o nosso caminho. Afloramentos graníticos constituem elementos naturais que se espalham pela paisagem. A nossa direita fica o Cabeço do Serlei com a cota de 1091 metros. Meia volta e… uma manada de bovinos de raça arouquesa a pastar, afinal este é o seu espaço de criação e é comum cruzarmo-nos com elas. Neste caso estão de regresso aos seus currais, o dia aproxima-se do seu termo e é necessário recolher o gado antes do anoitecer. Quando entramos na aldeia, a quantidade de animais que por ali andavam demonstrava isso mesmo.
  • Entramos na aldeia e as ruas estreitas ou a passagem por baixo de habitações que tem cheiro intenso a gado leva-nos a um mundo perdido das grandes cidades. Diante dos nossos olhos, um tapete de lama que não queiramos de alguma maneira estragar. Por certo que estas gentes não queriam esta vida herdada dos pais. Infelizmente há muitas aldeias que estão abandonadas, porque não terem quem herdasse as suas tradições e o seu viver. Grandes blocos de pedra, degraus gastos pelo tempo, musgo a cobrir as pedras, isto é um cenário visto. Mas todo este espírito local estava lá e soubemos aprecia-lo calmamente.
  • Viajo de volta no tempo. Era sempre como se estivéssemos a descobrir um caminho novo.
  • O cérebro humano é fascinante: esquecemos um cheiro até o sentirmos de novo, apagamos uma voz da memória até que a ouvimos outra vez, e mesmo as emoções que pareciam enterradas para sempre podem ser despertadas quando voltamos ao mesmo sítio. Nada acontece sem esforço. E, para isso, temos de derrubar as barreiras do preconceito, o que exige coragem. Para ter coragem, é preciso dominar o medo. E assim por diante. Vamos fazer as pazes com os nossos dias.
  • Depois de atravessarmos a aldeia, chegamos ao ponto inicial. O tempo ameaçava uma nova chuvada e pouco tempo depois aconteceu. Entramos nos carros e partimos para a Aldeia de Felgueira, local onde ficava o restaurante: mira Freita. Nas abas da Serra da Freita (sudoeste), inserido na aldeia rural da Felgueira, longe da poluição e do “stress” citadino, o restaurante Mira Freita foi criado à imagem do meio envolvente. Há uma agradável sensação de bem-estar em contacto com a natureza e com o meio rural. Depois de conhecermos a Serra da Freita, onde nos maravilhamos com os seus encantos, era altura de uma boa refeição.
  • Entramos no restaurante e ocupamos os nossos lugares. Depressa espalhamos a alegria pela sala. O local é rustico e preserva uma atmosfera muito acolhedora. A decoração interior e exterior a combinar na perfeição com o meio que o rodeia, (meio rural muito bonito, que em outra ocasião tivemos a oportunidade de conhecer no trilho Varandas da Felgueira).
  • É um local ótimo para confraternizar. O espaço amplo, onde nos podemos sentir a vontade e espalhar risos e alegria, por todo o espaço. Era de espaço que necessitávamos para esticar as pernas, depois de termos feito um percurso de cerca de 10 mil metros durante cerca de 3 horas e subido aos 1065 metros e baixado aos 908 (riacho) Cota mínima, estávamos satisfeitos. Agora era altura de saborear a nossa ementa. Era constituída por cabrito assado e vitela arouquesa assada no forno a lenha. Estava ótima. Muito atrativo estava os pratos de bacalhau, bem confecionados e apetitosos.
  • Animação decorria sem aviso prévio, e sempre havia gargalhadas num ou noutro ponto da mesa. O momento alto, como sempre num aniversário, é o cantar dos parabéns. Desta vez a nossa companheira de caminhadas Otília Sá brindou-nos com o seu acordeão no acompanhamento das vozes. Fantástico. O som prossegue com algumas músicas dançáveis, mas só o som porque os dançarinos estavam envergonhados e não se manifestaram.
  • O nosso animador mor, com todo o respeito pelos outros animadores presentes, fez a honra de ser o “pastor" deste rebanho que andava tresmalhado nesta serra que é o nosso dia-a-dia.
  • Surge o batismo. Não acontece todos os dias. Naquele dia e aproveitando uma pequena fonte que existia naquele espaço realizou-se o batismo dos novatos (que foram a primeira vez). É claro que todos são livres de aderirem a brincadeira. Desta vez os cinco estreantes foram de uma simpatia interessante e brincalhona. Correu bem e espero que numa próxima vez façam parte do grupo de observadores.
  • A festa continuou por mais algum tempo.
  • Cansados e satisfeitos regressamos a nossas casas, para continuarmos com a nossa vida diária. É certo que estamos sempre a contar os dias que faltam para a próxima caminhada.
  • Até lá um bem-haja a todos. Até uma próxima.
  • Agostinho Santos (Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.)
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