- Detalhes
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- 10 Anos dez fotos - Foz d’Égua.
- Não muito longe de Piódão encontra-se Foz d’Égua na confluência das ribeiras de Chãs com a do Piódão. Lugar paradisíaco. Belo, sem dúvida alguma. Gente abastada tem dado o seu bom gosto ao espaço, povoando de pontes, ricamente elaboradas, ou suspensas com engenho e arte. Subindo a encosta, a aldeia adaptou-se ao terreno. Assim, as ruas são estreitas e pequenas.
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- Foz d’Égua não tem o mesmo impacto que Piódão possui para o turismo, mas com o tempo pode essa tendência se inverter e ambas façam parte do roteiro turístico da região.
- A construção, em xisto como manda as regras espalha-se um pouco pelas margens da ribeira e há um sem número de moinhos que tiveram uma grande importância no quotidiano da população da aldeia, trabalhando noite e dia a moer os cereais. No entanto, atualmente encontram-se abandonados e alguns em ruínas. É provável que o desejo de diversificação da produção de cereais levasse os habitantes da vizinha aldeia de Piódão a se dispersarem pelo vale, dando origem a novos focos populacionais. Foz d’Égua é possível que tenha sido um desses locais, dado haver melhores terrenos para cultivo e dispunha de água suficiente para cobrir as necessidades de uma população em expansão. Nas partes baixas essa água que é tão necessária a vida, estava disponível. Abrigada no coração da Serra do Açor, une-se com a natureza. Ao longo dos tempos, as populações foram criando condições para a subsistência, conquistando à serra cada leira, cultivada em socalcos. E assim viveram durante séculos do mel, azeite, queijo, centeio e milho. A pastorícia era feita pelo membro mais novo da família, com 7 ou 8 anos de idade, que ia para a serra até ao pôr-do-sol, enquanto o resto da família se encarregava da agricultura.
- Nas aldeias, situadas numa zona montanhosa, longe de tudo e de todas as pessoas acreditavam que as rezas e orações os podiam proteger, dos mais diversos males. Crentes no sobrenatural acreditavam em bruxas, lobisomens e almas penadas, fruto das histórias que passavam de pais para filhos e que ouviam contar à noite, ao serão. Shakespeare diz: existem mais mistérios entre o céu e a terra do que a nossa pobre razão pode imaginar.
Adorei Foz d’égua. Simples e o belo.
- Ferrisant
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