aveiro7º Aniversário

  • Aveiro, naquela tarde seguia-nos com o olhar, os corpos projetavam-se nas águas agitadas dos canais, e uma imagem distorcida desfazia-se no imenso espelho do canal de S. Roque. A tarde estava quente e o calor sentia-se percorrer as faces, já rubras.
  • Estávamos nesta que é a capital do nosso distrito para festejar uma vez mais o aniversário do ANDAR.
  • Uma vez mais o ANDAR proporcionou um grande momento convívio aos seus amigos e simpatizantes. Cerca de sete dezenas de amigos responderam ao chamamento e desse modo celebrou-se o 7º aniversário do ANDAR.
  • Era um dia alegre e soalheiro nesse sábado 14 de setembro de 2013, (o aniversário só é no dia 16) o ar estava impregnado de salmoura e ovos-moles.
  • Como já noutros anos, o aniversário é também o início de mais um período de novas caminhadas, que já se inicia com o aniversário.
  • Depois um breve olá e os cumprimentos da praxe, partimos para junto das salinas, onde nos esperava uma guia que percebia do tema. Fomos separados a nascença e um grupo dedicou-se a o sal o outro a navegação pelos canais que entram nas entranhas de Aveiro.
  • Os moliceiros deslizavam suavemente pelas águas frias e verdes dos canais, que em outros tempos serviam de vias ao desembarque do sal e do peixe. Hoje atividades que não foram esquecidas, mas, ligeiramente transportadas por outros meios de transporte.
  • Foi fantástico esta nossa primeira atividade. A alegria e a boa disposição espalham-se por aquele espaço que a todos contagiou. Estou certo que outros pretendiam estar presentes mas por força maior não o puderam fazer. Houve outras atividades na qual eu não estava presente, para azar meu, e que foi um regalo para os olhos.
  • Depois de substituirmos o outro grupo nas salinas, já outros se lançavas na descoberta dos canais. Pernilongos ou salicórnia tudo nomes que podemos aprender naquela visita, nas ventosas salinas. Era urgente sairmos dali porque o vento frio, gelava as carnes deixando os ossos estaladiços e isso não era muito bom, e ainda havia muito para descobrir.
  • Uma vez mais embarcámos para mais uma viagem pelas entranhas de Aveiro, até desamuarmos em frente ao hotel Mélia. Deixamos o cais e partimos a descoberta de Aveiro por entre ruas, ruelas e jardins. A primeira paragem foi junto ao Convento de S. Domingos onde hoje é a Sé de Aveiro. Defronte o museu de Aveiro espia, onde em tempos foi o mosteiro de Jesus, onde as monjas passeavam e oravam nos seus claustros, ou na esperança de ver no mosteiro de S. Domingos algum frade, alheia a oração. Não é minha a intenção de aqui dizer que isso acontecia...é só uma suposição sem fundamento.
  • O museu de Aveiro ou de Santa Joana, porque aqui se recolheu até a sua morte a princesa Joana, por vontade própria. Herdeira da coroa portuguesa, com sua herança recheou o convento com valiosíssimas obras de arte.
  • As paredes ficaram brancas a nossa passagem, não vejo motivos para isso, talvez seja um pouco tímida e envergonhada esta fachada. Quem sabe se não seria por não lhe darmos a atenção que pretendia? Dirigimos-mos ao parque do infante D. Pedro, um dos protetores da cidade de Aveiro, e pelas suas alamedas deslizamos. A foto da praxe foi batida aqui. Mais, uma vez um convento, é envolto neste espaço - o convento de santo António.
  • A nossa ida era agora o Campus universitário, mas, o avançar da hora obrigou a um desvio em direção ao rossio.
  • Entramos agora na zona velha de Aveiro em direção ao mercado do peixe, e por entre casarios e ruas estreitas, chegámos a capela de São Gonçalinho.
  • Uma breve explicação e um pequeno tempo de espera, uma vez que o grupo era grande, para participar num workshop sobre ovos moles.
  • O tempo arrefeceu e com o crepúsculo chegava húmido, uma bebida quente, vinha na hora certa. Os grupos foram sucessivamente revezados até ao ultimo ter concluído o dito workshop.
  • Partimos não muito longe dali para a parte final da nossa celebração do aniversário. Numa sala cedida pela senhora dos ovos-moles, encontramos, os diferentes produtos que representam a nossa região: pão de UL, bacalhau da região de Ílhavo, o presunto dos nossos agricultores o queijo produzido em Ossela, a broa típica dos nossos lavradores... O bolo de aniversário produzido em Aveiro com ovos-moles, como não podia faltar, regado com o champanhe das Caves S. João da nossa Bairrada.
  • Todos os anos pretendemos um espaço diferente, para podemos demonstrar um pouco mais as atividades que praticamos.
  • É com os amigos que se descobre um mundo diferente. Uma maneira diferente de ver as coisas. Onde cada um descobre a sua maneira o modo de preencher o vazio do seu mundo e matar o stress do dia-a-dia. Não há milagres, que resolvam os problemas, mas é possível esquecer, nem que seja por alguns momentos e é bom roubar um sorriso.
  • Apesar da crise e das péssimas noticias que diariamente nos rebentam nos meios de comunicação social, fazemos os possíveis para que neste dia elas não existam. Na verdade parece que a resolução dos problemas do nosso país é uma utopia.
  • A amizade está muito além do que as palavras possam descrever, pois cada instante os amigos se mostram mais com o passar do tempo e fazem com que esse sentimento apenas cresça e não morra.
  • Em nome do ANDAR esperamos por vocês numa próxima vez.

 

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